O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perderá a eleição para as suas próprias declarações. Atualmente o maior inimigo eleitoral do inocentado presidenciável é ele mesmo e não o presidente Bolsonaro, que ademais, continua vilipendiado o patrimônio público, seja de forma simbólica com suas declarações diárias contra a institucionalidade ou mesmo com a abertura dos cofres públicos para o seu projeto de reeleição.
Em menos de uma semana Lula arrumou uma gafe e um erro: o primeiro usou o imperador do Japão para comparar o poder de Arthur Lira (Progressistas/AL) no Congresso Nacional, especialmente na Casa que preside, a Câmara dos Deputados. Vale ressaltar, que ao fim e ao cabo, não está errado, mas a comparação pareceu desastrosa do ponto de vista das relações.
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O erro veio em uma entrevista internacional, Lula colocou a culpa da guerra da Ucrânia, não no invasor, que a muito já tinha arroubos autoritários, mas dividiu a culpa entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskyy. A entrevista à Times repercutiu na manhã desta quarta-feira (04) e não vai pegar nada bem na pré-campanha do presidente, que já sofre com ruídos de comunicação, em muito causados pelo próprio Lula. Vale destacar que a entrevista é de meados do fim de março, não se sabe se o pensamento do ex-presidente mudou de lá pra cá, mas o que está escrito nas linhas da Times tem mais semelhança com o Bolsonarismo do que diferenças.
Com a caneta na mão, Bolsonaro muitas vezes nem dedica seu tempo a comentar as falas de Lula, porque sabe do poder que tem. Lula por sua vez, com duas passagens pela presidência, deveria saber que nesse momento tudo que é dito, mesmo que seja da boca pra fora, conta. O poder da caneta, muitas vezes, supera a indignação popular. Lula deveria se cercar melhor de assessores, mesmo que seja difícil conter o líder petista. Se quiser voltar ao Planalto, Lula terá que conter as suas declarações ou entregará a reeleição a Bolsonaro de forma mais fácil do que imaginado.
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Direto da Redação 